A importância do acompanhamento profissional nas demandas judiciais de Tecnologia da Informação

Diante de uma demanda judicial, muitas empresas optam por indicar seus próprios colaboradores para atuar como assistentes técnicos, visando reduzir custos e aproveitar o conhecimento acumulado sobre o negócio. Apesar de ser uma prática comum, essa estratégia não é recomendada, pois aumenta os riscos devido à falta de conhecimento técnico específico na área de perícias judiciais. Este texto visa apresentar os principais argumentos que destacam a necessidade de contratar um profissional especializado como assistente técnico para acompanhamento de perícias judiciais.

Em um mundo cada vez mais digitalizado, as disputas judiciais envolvendo questões de computação e tecnologia da informação estão se tornando mais comuns. Para garantir que essas disputas sejam resolvidas de maneira justa e precisa, é essencial contar com um assistente técnico profissional especializado em TI. Este profissional traz uma série de benefícios que vão muito além do conhecimento básico adquirido em uma formação tradicional em TI.

Expertise especializada em perícias judiciais
Profissionais com formação básica em TI, que já atuam na empresa, podem ser altamente competentes em suas funções cotidianas, mas isso não os qualifica automaticamente para lidar com a complexidade e as nuances das perícias judiciais. A atuação em demandas judiciais exige um entendimento profundo de processos legais, normas específicas e a habilidade de comunicar de maneira clara e objetiva os achados técnicos ao juiz e às partes envolvidas.

Formação e preparação adequadas
Além da formação básica relacionada à área de TI, um assistente técnico profissional passou por itinerário formativo e experiencial específicos para atuar nas diversas fases de uma perícia judicial. Desde a formulação dos quesitos, passando pela coleta, análise e preservação de evidências digitais, até a elaboração de pareceres técnicos, cada etapa requer conhecimentos detalhados e habilidades que vão além do que é ensinado nos cursos de TI. A formação de um assistente técnico inclui:

  • Conhecimento jurídico-técnico: Compreensão das leis e regulamentos que regem as evidências digitais e os processos de investigação.
  • Metodologias de perícia: Técnicas avançadas para coleta, análise e preservação de dados eletrônicos de maneira que possam ser admissíveis em tribunal.
  • Comunicação eficaz: Habilidade para elaborar relatórios técnicos claros e precisos, que podem ser facilmente compreendidos por indivíduos sem formação técnica na área de TI, como juízes e advogados.

Redução de riscos e maior confiabilidade
Utilizar profissionais internos com formação básica em TI para funções de perícia acarreta riscos significativos. A falta de experiência específica resulta em erros na coleta ou análise de dados, comprometendo a integridade das evidências e, consequentemente, a credibilidade da empresa no processo judicial. Contratar um especialista garante maior confiabilidade nos resultados, reduzindo os riscos de interpretações equivocadas ou falhas técnicas.

Investimento em qualidade e justiça
Ao investir em um assistente técnico profissional, as empresas demonstram seu compromisso com a justiça e a integridade do processo judicial. Essa postura não apenas fortalece a posição da empresa em disputas legais, mas também preserva sua reputação no mercado.

Portanto, é crucial reconhecer a importância de contar com especialistas qualificados em perícias judiciais na área de TI. A escolha de um assistente técnico profissional não é apenas uma questão de conveniência, mas uma necessidade para assegurar a precisão, imparcialidade e justiça nos processos judiciais.

Andreiwid Sheffer Corrêa atua em perícias judiciais e conta com a experiência obtida em mais de 130 nomeações pelo juízo. Na academia, tem atuação no ensino e na pesquisa, sendo autor de diversos artigos nacionais e internacionais na área de Computação. Presta consultoria e serviços de assistência técnica em processos judiciais envolvendo TI.


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